Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

30
Nov 11

Uma cidade extingue-se no orgasmo da fome

Nas ruas as árvores gemem

E um rio cansado de viver

E de correr para o mar

Esconde-se entre os pergaminhos do desejo

Deixo de existir

 

Evaporo-me no orgasmo da fome

Tal como a cidade

E o rio

E o desejo

Há silêncios sobre a mesa ao jantar

Quando o mar engole o rio

 

Deixo de existir

Deixo de caminhar

Deixo de viver

 

Uma cidade extingue-se no orgasmo da fome

Nas ruas as árvores gemem

E um rio cansado de viver

E de correr para o mar

Deixo de existir

Deixo de caminhar

Deixo de viver

 

E a cidade arde quando acorda a noite.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 17:18
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Novembro 2011
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