(não desistas de viver)
Prendem-se nos teus lábios as palavras
Que quero ouvir
Meu doce desejo
Que na tua boca se revolta
Que a tua mão toca
Um sorriso florir
Um jardim amargurado.
Prendem-se nos teus lábios
Silêncios da manhã
Fúrias que o mar envolta
Na madrugada
Quando o rio se abraça à rocha…
O mar sobe pelo teu corpo
E nos teus olhos crescem algas.
Em suspenso no teu rosto
Brincam gaivotas
Passeiam-se crianças
À procura da primavera
Entalados nas acácias
Que nos teus lábios
Se prendem as palavras
Que quero ouvir…
Meu doce desejo eu querer;
(não desistas de viver).
FLRF
30 de Março de 2011
Alijó