As sombras do teu imaginário
Que ontem adormeciam
Calmamente na minha mesa-de-cabeceira
Sim essas
Atirei-as janela fora
Fartei-me delas
Fiquei cansado do seu silêncio
Nas madrugadas de inverno
Boa viagem
As sombras de ti
Amor ausente
Sempre em movimento
Vento sem distância
São húmus das minhas árvores vadias
Também elas cinzas
Também elas sombras.
Luís Fontinha
Alijó