Sinto-me supérfluo e as rosas do meu jardim
Em revolução,
Em protesto pelo pão
Dissolvido em pétalas longe de mim,
Escondidas nas sombras que da minha mão
Acariciam infinitamente a terra prometida,
Uma rosa amarela na ânsia da partida
Despede-se do meu coração…
Abraça-me e oferece-me um beijo
E dos meus lábios acorda a madrugada,
Sinto-me supérfluo e a rosa amarela cansada,
Sem pão, à espera de um desejo.
Luís Fontinha
1 de Março de 2011