Infinitamente azul
O fio de nylon que se alicerça nos teus olhos
A tarde transparente
Suspensa nos teus lábios
Infinitamente azul
A noite travestida de dia
O espelho do guarda-fatos abraçado à alvenaria
E à janela
Um livro de poemas
Engasgado nas palavras
Vomitando a luz do dia