Do teu corpo bordado a dor
Emerge a luz da manhã
Abre-se uma janela para o mar
E nos cortinados poisam abelhas
Crescem flores
Madrugadas sem dormir
Luares embrulhados no pôr-do-sol
Quando no soalho a areia fina da praia
Se enrola no rodapé da neblina
Do teu corpo bordado a dor
Emerge a luz da manhã
E na tua mão um relógio engasga-se nos ponteiros dos segundos
Finge caminhar nas paredes do céu
À procura do teu corpo bordado a dor
Embrulhado no silêncio da noite
Deitado num rio imaginário…
FLRF
6 de Abril de 2011
Alijó