Habituaram-se às minhas palavras
e esquecem-se
e não percebem
que também eu preciso de ouvir as palavras dos outros
as palavras que o mar engole
e as árvores em marés de desejo
esculpem nas sombras da solidão com pingos de insónia...
do mar
que engole palavras
e eu
e eu também preciso de ouvir as palavras
que os barcos levam para longe.