Inventado o sono
construídas no peito as dores da miséria
sobre a mesa imaginária da literatura em miniatura
livros de bolso
desenhos impingidos nos rolos de papel higiénico
ao lado da escrava(1)
sentada sobre o pavimento desorganizado
escreve nos azulejos em voz de bagaço
“FODA-SE ESTA VIDA DE MERDA”
e a escrava(1) sorridente
quando ela
ela puxa o autoclismo
e um clímax de merda se extingue perto das dores da miséria...
alguém em prazer
sorri
sorri sentado sobre a escrava(1).
(1) – Sanita;