Aos meus amigos
Aos meus inimigos
Ao sol e à lua
À puta que os pariu.
Muitos pensarão
Que enlouqueci. Não, não estou louco!
Prometi um poema ao luar
Mas não o escrevi.
E com medo do teu olhar
As palavras esqueci,
E tudo o que tenho, não é nada, é pouco.
É o cansaço da minha Nação
Não sei o que escrever…
O que posso eu dizer do luar?
Nada. Tudo. Que após o luar
Vem a maldita madrugada,
A arrogância do amanhecer,
O dia a acordar.
De Inverno, a bendita geada.
E de Verão…, o Sol a nascer.
Entre o teu olhar
E o luar,
(Entre o Sol e a lua)
A minha sombra dissipa-se e esconde-se velozmente
Como se eu fosse um átomo de carbono, hidrogénio…
O teu olhar, mente.
O luar, um génio.
E o meu corpo parece
Um cadáver em decomposição,
Sinto-me uma liga de aço,
Tungsténio.
Tenho medo do teu juízo, da tua razão,
(até de um abraço teu)
Sim, um abraço,
Aquele, apertadinho, que aquece,
E faz do luar um génio…
FLRF
Alijó