Pego nesta folha de papel
Amarrotada pelo tempo passado
E embrulho os meus fantasmas,
E em seguida,
Enterro-os nas profundezas da minha mão.
Fumo velozmente
Para me manter acordado,
E não ter pena, dó…
E eis que me vejo,
Possivelmente, não me vejo,
Despedaçado
Entre escombros e alicerces
Que já não é,
Mas existia a torre de Babel…
Estou só!
E no silêncio onde adormece
A madrugada,
Bem longe dos meus sonhos, pesadelos,
Uma âncora me arrasta,
Sem sossego,
Para o infinito…
E eis que vejo,
Sim… agora consigo ver,
Os meus fantasmas
Enterrados para todo o sempre.
FLRF
Alijó