Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

03
Dez 12

Abandonas-me como se eu fosse um pássaro

que de dentro de uma gaiola

ouve docemente as palavras do amor

em amar

às coisas belas que as estrelas semeiam nas mãos da Cinderela paixão

do amor

em amor

tua minha cansada noite de solidão,

 

abandonas-me como se eu fosse as singelas palavras

voando sobre os telhados de vidro que o desejo constrói em tua cidade

não há ruas simples e perfeitas

nos olhos envenenados pelo medo

um boneco torna-se em vida humana

quando do muro pincelado de amarelo

acorda a revolta que os teus lábios de seda

desenharam nas pedras frias da calçada,

 

abandonas-me

que de dentro de uma gaiola

das tardes sobejam os desassossegados braços das rectas paralelas

e no infinito

misturada com as sílabas

as vogais de açúcar

que o bolo do amor

deixou sobre a mesa.

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:21

Dezembro 2012
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