São as palavras que alimentam o meu corpo
Nas palavras que roubo aos meus livros
São as palavras que vagueiam no meu cigarro
Das noites de delírio
Quando nas palavras
Uma caneta se revolta
E o papel ensonado
Com as palavras amarrotadas
Na noite sonâmbula
Um sino corre na torre da igreja
E eis a entrada triunfal de deus…
Que em vez de me trazer comida
Traz-me palavras…
Palavras de merda
Sílabas em migalhas
Deixadas ao acaso numa qualquer sanita da cidade
São as palavras que alimentam o meu corpo
Nas palavras que roubo aos meus livros
Das palavras que me prendem ao silêncio
Nas palavras dos meus dias sofridos…
FLRF
11 de Abril de 2011
Alijó