Sacia a minha fome com os teus lábios encharcados de fim de tarde, abre a porta do meu corpo, esta, sim essa mesmo, abre-a e entra, e depois, depois deita-te nos meus braços debaixo do canavial, os pássaros devoram-te e dos pássaros lixo atirado pela janela, e ontem eu nos teus lábios e ontem eu com fome dos teus lábios, sacia o meu corpo com os teus olhos, sabes, diz, aqueles que deixaste junto ao muro quando o rafeiro se atirou aos teus tornozelos e ão, ão ão, e maldito cão que só pensa em roer, e maldita fome a tua que só pensas nos meus lábios, ão ão ão…