O boneco do chapéu de palha em braços abertos no centro do terreno, olha-me e quer-me comer, nos seus braços os pássaros não medo, os pássaros pendurados de cabeça para baixo, olha-me e quer-me comer, eu uma sandes de queijo embrulhada no vento, eu um sabor amargo na boca do boneco do chapéu de palha, eu não medo, eu uma sandes de queijo desejada por um espantalho preso ao pavimento em alicerces de madeira.
O boneco do chapéu de palha em braços abertos no centro do terreno, olha-me e quer-me comer, e eu corro pelo terreno até ao riacho, sento-me, desembrulho-me e fico à espera que o espantalho me venha saciar, eu uma sandes de queijo rodeada de pássaros…
(texto ficção)
FLRF
12 de Abril de 2011
Alijó