Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

20
Fev 13

Quando o amor emagrece

e morre

entre as sílabas ósseas das palavras de vidro,

 

Quando entro em casa

quando tenho casa

e morto

ele

confessa-me que a tristeza o emagrece

e o amor enlouquece

um boneco de palha com sorriso de veludo

cansaço,

 

Ele consulta o cardápio dos desejos

e não encontra abraços

nem beijos,

 

Desiste

e esconde-se no interior mais secreto de um cilindro de madeira

ele procura

não encontra

a carta bela do amor morto

sem saber

desconhecendo

que as nuvens são apenas gotinhas de água em desilusão

prestes a cair

sobre as flores mais distantes dos jardins da morte

ele suspira

e emagrece nas mãos das sílabas ósseas com palavras de vidro...

 

(desistes assim?)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:39

Fevereiro 2013
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