Assassinam-me na esplanada de uma pastelaria
Cortam a minha sombra em pedacinhos que minguam
Na cadeira onde me sento
Sinto-me em retalhos espalhados pelo silêncio
E à minha volta uma criança revoltada
Chora e continuam a assassinar a minha sombra
Indiferentes ao cansaço de um mendigo
Vejo-me colado nas paredes da gomes (Pastelaria)
Magro
Um palito plantado na encruzilhada do nada
Tenho medo e oiço o sino que na sé se enrola em minutos
De um relógio esquecido na imtempérie…
Assassinam-me na esplanada de uma pastelaria
Cortam a minha sombra em pedacinhos que minguam
Na cadeira onde me sento
Sinto-me em retalhos espalhados pelo silêncio
E no chão as minhas mãos temerosas
Procuram os teus olhos
Precisam dos teus lábios
E no chão vejo-me a ser sepultado pelo destino.
FLRF
12 de Abril de 2011
Alijó