foto: A&M ART and Photos
Enquanto ela diz “FUI” eu escrevo “VOU” e se me perguntarem para onde... bom, ainda me sinto indefinido, sem saber realmente para onde, local, se possa existir um local a esta hora para aportar; nos braços de alguém? Na jangada (não a de pedra) mas, numa outra jangada... em formato normalizado, de nome cama, com uma almofada achatada, sem bolinhas nem desenhos nem bordados, enquanto ela diz “FUI” eu escrevo “VOU”...
Talvez um porto longínquo com alicerces de braços espere pelo regresso da minha barcaça, duzentos e seis ossos, e uma vela de linho, olhos verdes... e cabelo com pinceladas de amanhecer e mergulhada no cacimbo; entre o claro e o incenso amargo da loucura, e do prazer...
Enquanto ela diz “FUI”... eu... escrevo... “VOU.
@Francisco Luís Fontinha