foto de: A&M ART and Photos
Uma tímida mão de porcelana
entranha-se no teu olhar vigilante como as nuvens sem nome
finge-se tudo
até a vida de viver quando se deixou de amar...
finge-se a riqueza
e os silêncios em alto-mar
uma tímida mão
de dedos longos
extintos como a fogueira do teu corpo
fingindo o amor
construindo mentiras sem alicerces
ou sepulturas
uma tímida mão de porcelana
entranha-se
e fingi-se tudo
do orgasmo
à chuva miudinha...
aos barcos que se dizem cansados
apodrecidos
enferrujados...
tudo
mesmo tudo
fingido como o miúdo...
fingindo crescer brincando não brincar.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó