O meu corpo liquidifica-se
E esconde-se entre as frestas da noite
Some-se entre os cigarros
Que em suspenso na janela
Olham o mar e ao longe um petroleiro aflito
Emagrece entre os minutos e os segundos
De um relógio que brinca nas ondas do oceano
Está frio e chove dentro de mim
E nas ruas da minha cidade
Vem a noite
Acordam os holofotes do silêncio…
- Tenho medo
O meu corpo liquidifica-se
No caminhar de um transeunte
Some-se entre os cigarros
Que em suspenso na janela
Olham o mar
- Tenho medo
E peço um desejo;
Que nunca seja noite.
FLRF
19 de Abril de 2011
Alijó