foto de: A&M ART and Photos
somos tão poucos
quando entram em nós os alfinetes da tristeza
somos tão loucos...
e moucos
nas mãos da fada beleza
somos as palavras embriagadas
que dormem no planalto da estória
somos as pobres geadas
cansadas
nos esconderijos sem memória
somos tão poucos e de poucos morremos num veleiro apaixonado
somos o povo revoltado coração
pulsando como um feroz cansaço embalsamado...
gritando uivos de um vidro estilhaçado
na insónia de uma mão
somos tão poucos
quando dormem nos nossos lábios as gaivotas em cio
somos tão loucos
e loucos
de poucos e moucos nas queixas de um rio
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 25 de Setembro de 2013