À espera de um olhar,
Um apenas; o teu.
E neste jardim
Onde me sento e descanso,
Longe de mim,
Esconder o que penso.
À espera de um olhar,
Um apenas; o teu.
Não tenho pressa de caminhar,
E se adormeço,
Não posso adormecer. Fico a sonhar,
À espera de um olhar,
Um apenas; o teu.
E não sendo o que pareço,
À espera de um olhar,
Um apenas; o teu.
O teu olhar que não mereço.
Luís Fontinha
Alijó