Corre-me nas veias o sorriso de uma abelha
Na manhã desgovernada
No silêncio
Das pétalas que brincam na areia dos teus olhos
E nas paredes do meu esqueleto
Os pássaros que poisam e me sujam de porcaria
Eu sonâmbulo quando a noite me vem buscar
Para passear nas sombras dos candeeiros em delírio
Arrumadinhos junto à tua mão
Apanhando as lágrimas da tarde
Quando os malmequeres em demandada
Correm para o mar…
Corre-me nas veias o sorriso de uma abelha
Na manhã desgovernada
Na manhã de tristeza.
Luís Fontinha
28 de Abril de 2011
Alijó