A seiva dos meus braços
Esgota-se na maré
Baixa a cabeça junto à areia…
E quando amanhece
Não seiva
Não braços
Nada ficou depois da tempestade
E quando amanhece
Procuro a seiva dos meus braços
A força do meu peito
E canso-me de procurar…
E procuro nas paredes do buraco
Qualquer coisa onde me agarrar
Mas a seiva escorre pelas entranhas da terra
Desaparece na maré
Foge dos meus braços.
Luís Fontinha
11 de Maio de 2011
Alijó