Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

14
Mar 15

Nascia, afogava-se nos soluços da madrugada, lá fora, as palmeira da Baía, os barcos abraçados às cancelas da solidão,

Pai?

Filho?

Solidão, nascia, em cada minuto de esperança as cinco cintilações da estátua de sombra, o sal, o pôr-do-sol perdido na claridade inventada por Miguel

Narcisos enganchados no desassossego, literalmente

Filho?

E Miguel imaginava barcos na parede do quarto, alguns risco, palavras desconexas, mortas, assassinadas pela loucura,

Filho?

Solidão, pai...

O que é?

Pois, filho, olha um vez li um texto onde uma mulher era amada por três poetas e um pintor, o pintor esquecia-se da flor, e a tela sempre vazia, branca, dia

Solidão, pai...

Dia da Poesia Nacional, 14 de Janeiro, homenagem a AL Berto e aos seus sonhos,

(Telegrama)

Odeia-me, eu sei pai,

Mas... a solidão, a morte, o camuflado desejo de Morrer

Miguel?

Sim, pai... quero,

O dia mais “fodido” da minha vida,

à tua morte... e das abelhas decalcadas no xisto, a pele da beleza...

 

 

 

(ficção)

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sexta-feira, 13 de Março de 2015

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:17

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