Em mim não amanhã, não a certeza se chegarei a logo e olhar o fim de tarde junto aos barcos, sentar-me no silêncio e esperar…
Esperar o quê?
O que posso eu esperar do amanhã se nem a certeza tenho de conseguir ver o logo, e depois, e depois ainda tenho o tormento da noite.
Em mim não amanhã, não nada que me construa um sorriso, em mim apenas os meus braços enrolados aos cortinados do agora, olhar-me pela janela da solidão e esperar, esperar sentado junto aos barcos.
Luís Fontinha
18 de Maio de 2011
Alijó