Só preciso das tuas mãos de algodão
E dos teus lábios húmidos da manhã
Não preciso de bens matérias
Não preciso de nada obrigado
Preciso que me deixem em paz
Sossegado
Não preciso de dinheiro
Para ter o que preciso
E preciso do mar
E não preciso de juízo…
Porque neste País à beira mar ancorado
É preciso não ser maluco
Neste País tudo doido
Começando por quem nos tem governado
E este País adormecido
Dependente do xanax
Submetido ao prozac…
Só preciso das tuas mãos de algodão
E dos teus lábios húmidos da manhã
Não preciso de nada obrigado
Obrigado senhores governantes
Por eu ser tão feliz
Por eu ser tão desgraçado…
Luís Fontinha
21 de Maio de 2011
Alijó