Para que servem as mãos
Se eu não te posso tocar
Para que servem os lábios
Se eu não te posso beijar,
Para que servem os sonhos
Se eu deixei de sonhar
Para que servem as madrugadas
Sabendo que não têm luar,
Para que servem as palavras que escrevo
Se ninguém as quer ler
Para que servem os meus olhos
Se eles não querem ver,
Para que servem as pernas
Se eu não consigo libertar-me da noite em delírio…
Para que servem os relógios de parede
Se a minha vida é um inferno um martírio.
Luís Fontinha
22 de Maio de 2011
Alijó