Os barcos suspensos no sorriso da maré
E na espuma que o mar constrói
As gaivotas que se passeiam pela manhã
E das asas, das asas pingos de chuva
Brincam com as nuvens.
Os barcos enrugados na tempestade
E o corpo de um menino balança
No convés dos dias intermináveis
Cansativos e os barcos sem rumo
Presos ao cascalho do cais
Em silêncios cadentes
Na espuma que o mar constrói.
Luís Fontinha
25 de Maio de 2011
Alijó