Sinto a falta dos abraços
Quando eu menino
As mangueiras do meu quintal
Poisavam na minha mão
E da sombra sorriam nuvens
Pedacinhos de sonho
Sentados à beira mar
Sinto a falta dos abraços
E eu agora não menino
Não mangueiras no meu quintal…
E eu agora um esqueleto esquecido no caixote do lixo
Dois braços agarrados a uma árvore
E duas cansadas pernas enterradas na areia…
Sinto tanto a falta dos abraços
O cheiro
Sinto a falta da sombra
Sinto a falta da minha infância.
Luís Fontinha
31 de Maio de 2011
Alijó