E se o mar me levasse para o seu imaginário mais secreto…!
O dia transforma-se em noite,
O vento veste-se de chuva,
Fina, miudinha…
Frágil o olhar da serpente envenenada pela paixão,
O luar morre nas mãos de uma andorinha,
Dá-lhe beijos na face mais longínqua do Universo,
Cansa-se e deita-se sobre o meu corpo em travestido xisto,
Não sei se quero,
Ou se existo nos teus lábios de madrugada lapidada,
E se o mar me levasse…
E se o mar me levasse na tua jangada…!
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 6 de Setembro de 2015