Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

26
Mai 11

Hoje quero partilhar com os meus amigos o novo álbum dos Fingertips – Venice, onde deixo aqui uma das músicas (Dreaming of the Moon). http://youtu.be/1E6Uen2x8w8

 

Antes de adormecer oiço as músicas dos Fingertips que dão vida às minhas palavras durante a noite, e quando acordo, quando acordo sinto na minha mão os textos e os poemas construídos pelos sons melódicos desta banda.

 

Os Fingertips são uma banda Portuguesa, de um lindíssimo concelho (S. Pedro do Sul) que guardo grandes recordações e saudades, da mesma forma que guardo em mim as saudades e as recordações de Luanda.

 

Recordo as férias, recordo os fins-de-semana, recordo os meus avós, pois a minha família materna são de uma aldeia do concelho de S. Pedro do Sul – Carvalhais.

Ainda hoje mantenho o contacto com Carvalhais, tenho lá os meus primos e claro, as visitas ao cemitério onde repousam o meu avô Domingos e a minha avó Silvina.

 

Aqui fica o site oficial dos Fingertips.

http://www.thefingertips.com/pt

 

 

 

Luís Fontinha

26 de Maio de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 13:02

11
Mai 11

A voz poética e inspiradora, e quando ele triste, ouve incessantemente esta música, e adormece embrulhado nas palavras, agarradinho aos sons melódicos… e espera a chegada da manhã.

Sobre a mesa-de-cabeceira ele guarda os óculos que o ajudam na procura das palavras quando estas vêem até à janela e da janela voam até ao espelho pendurado numa parede triste, numa parede feia, numa parede velha, esta música ajuda-o na viagem até às galáxias mais distantes e fora do nosso universo, deus sentado no fim de tarde, juntinho ao cais, à espera das ondas que vêem de longe e vão para longe, levam bálsamos lábias no esquecimento da sombra das árvores que gemem no mostrador de um relógio de pulso,

- Ai que frio,

Balançam na tarde em termino e sacodem os pássaros irritantes que poisam nas suas costas, choram, tremem na incandescência dos minutos perdidos com uma conversa perfeitamente estúpida, perfeitamente sem nexo,

- Que importa se deus criou ou não o universo?

Ai que frio.

A voz poética e inspiradora, e quando ele triste, ouve incessantemente esta música, e adormece embrulhado nas palavras, beija-as no silêncio da noite e o som entranha-se dentro dele, e das palavras crescem flores, e nas nuvens um poema despe-se, sorri e juntamente com as palavras olham deus sentado junto ao cais…

 

 

 

(texto de ficção sobre a música, Simple Words - Fingertips)

Luís Fontinha

11 de Maio de 2011

Alijó

(http://youtu.be/1fsyeauLv7Q)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:04

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