Não te perca de mim
Noite em silêncio
Madrugada escondida nas horas adormecidas
Não te percas de mim manhã indolor
Flor que espera a tempestade
Dos teus lábios
Quando na tua boca
Acorda o desejo
E no mar ergue-se a solidão…
Não não te percas de mim
Abelha embrulhada em pólen
Cansada do batimento das asas
Não te percas de mim
Não deixes ao abandono a minha mão
E eu suspenso na alvorada
Não não te percas de mim
Poema dos teus olhos
Sorriso que se despe na tarde junto ao rio
Poema escrito no teu corpo que corre entre a montanha
Não não te percas de mim noite em silêncio.
Luís Fontinha
27 de Abril de 2011
Alijó