Amar sem vento, enquanto a Lua adormece o corpo cansado,
A viagem entre parêntesis, distante da sombreada escuridão,
O passo apressado,
Ofegante,
Que caminha na tua mão.
Amar sem vento,
Saltar as amarras do sofrimento,
Há gente, com lamento,
Enquanto os ossos fornecem o alimento,
A Paz sagrada, imune predicado,
Uns shots no mercado,
Um poema poeirento…
Que poisa no livro sangrento.
Amar.
Amar sem vento,
Correr as avenidas da tempestade,
Amar,
Amar-te sabendo que a saudade,
Vira gente,
Como o mar,
Ou um barco afundado.
Eu sento.
Eu sento no amar sem vento…
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 31 de Março de 2018