Disseram-me que tinhas o arco-íris na pele
disseram-me que o teu corpo era um poema ilegível
um sonho transformado de noite
abrupta
submersa na paixão dos lírios
que dormem nas minhas veias
disseram-me...
disseram-me que existe no teu olhar uma seara de palavras
um Oceano de incenso
que só o sémen do infinito consegue silenciar
disseram-me que o espelho da tua subtileza
adormeceu... no meu cigarro.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 20 de Dezembro de 2014