O homem das sete cabeças dentro do teu corpo,
prisioneiro nas tuas veias,
enrolado em fios de seda...
Um anónimo duplicado,
sem voz,
sem medo...
em pecado,
O homem que se veste de sofrimento,
e se olha no espelho da dor,
caem-lhe as folhas caducas dos cinzentos cabelos,
e espera pelo vento...
na ponta dos dedos,
sem voz,
sem medo...
em pecado,
E o anónimo duplicado... não sente a cor do mar que brinca nos seus braços!
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 7 de Setembro de 2014