Caminho apressadamente
Para os teus braços invisíveis
Regressa a Primavera e depois o Verão
E nós sem amanhecer
Nem vontade
De desenhar a alvorada no chão…
O teu corpo sente
O meu corpo mente
Velozmente
As palavras de escrever
Caminho apressadamente
Com vontade de te ver
Sentir em mim o sentir
No brincar das tuas mãos em liberdade
Com o poema de sorrir…
Caminho
Caminho apressadamente
Como um livro a fugir
Da fogueira do adeus
E do vento
E da chuva
E do beijo a cair
Sobre os lençóis da madrugada
A penumbra espuma
Saltitando à janela
Sem bruma
Nem desejo que segure nela…
Francisco Luís Fontinha
quinta-feira, 10 de Março de 2016