Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

15
Mar 15

Árvore

que cai no lamacento pavimento do sorriso

se deita

e fica

imóvel

tranquila

na árvore

a conquista não conquistada

o fervoroso sono da alquimia

o centro

o ponto imaginado pela mão do regresso

e fica

 

árvore

caída na circunferência do amor

e a paixão

imóvel

corre

corre...

porque a terra é um poço invisível

porque há nas palavras pequenos silêncios

a humidade

dos corpos

no chão

o cheiro

 

que parte

e não volta

o teu perfume secreto

nas pálpebras da manhã

e fica

árvore

sofrida

perdida nas pedras da calçada

desce e sobe

e senta-se...

no chão

dos narcisos em putrefacto esqueleto da escuridão nocturna...

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Domingo, 15 de Março de 2015

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:53

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