Tínhamos regressado do abismo cansaço da solidão,
Havia uma ténue nuvem de fumo sobre o corpo de pedra
Que permanecia sentado junto ao mar,
Os barcos transformavam-se em domingos à tarde
Quando passavam entre os nossos braços,
Paravam,
Olhavam-nos,
E fugiam…
Uma bandeira descolorida
Baloiçava na ferrugem nocturna da tempestade,
Havia sempre um beijo em desespero,
Havia sempre o sorriso da maré no teu sorriso,
E fugiam,
Ruma à cidade.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 12 de Junho de 2015