Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

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Jun 15

Este ruído constante nas minhas veias,

Sinto no peito os socalcos embrulhados pelo xisto do cansado anoitecer,

É escuro, sempre, em mim,

Habito neste cubículo de sombra,

Sem janelas para o mar,

Sem porta para os teus lábios,

Amanhã, não sei se vou ver os barcos da madrugada,

Não sei se amanhã há madrugada,

Não sei se amanhã há barcos,

Vento,

Silêncio para me esconder…

Ou palavras para semear em ti,

Um aquário de paixão termina a viagem,

Não traz bagagem,

Recordações,

Fotografias…

Nada,

Os cigarros misturados na tempestade,

Nunca sei quando são cigarros,

Nunca sei quando é tempestade,

Nada,

Nada quero desta cidade.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Terça-feira, 30 de Junho de 2015

publicado por Francisco Luís Fontinha às 18:35

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