Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

29
Nov 14

A arte em desespero

que cresce no meu peito de vidro

há nas minhas palavras sorrisos de vento

e...

e segredos de nada

a arte em desespero que esta terra alimenta

o sofrimento da alma quando o livro se esquece de acordar

e cresce

no meu peito de vidro

a insónia do mar

e a tempestade de viver...

inventando espelhos inanimados

 

que só o corpo consegue fazer

 

a arte em desespero

na cidade dos enlatados lábios

o amor quando aparece...

e sem o perceber

em desespero

as minhas mãos evaporam-se na neblina assassina

não o quero

prefiro o invisível sapateado das amendoeiras em flor

a arte

em desespero...

a arte em desassossego

que o desespero pinta no olhar do pintor...

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sábado, 29 de Novembro de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 15:30

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