Tudo ou nada
Nada de tudo
Tudo de mim
Desde a árvore indefesa que me protege
E habita o meu jardim
Até ao rochedo invisível que caminha comigo
Quando cresce a noite
E adormece o dia nos teus olhos
Tudo ou nada
E nada tenho
De mim
Nada de tudo
Assim, como as flores que choram junto à minha lápide
E nunca perceberam o significado da palavra “chorar”
Tudo
Avassalador
Triste
Tudo consumido na fogueira da paixão
De nada ter
E de tudo perder
Tudo ou nada
Nada de tudo
Assim
De mim
Sem o saber.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
terça-feira, 17 de Novembro de 2015