Não te mereço
Escrevo nos teus lábios
O prefácio adormecido
Do amor
No amor
Da manhã
Quando nasce em ti
E me entristeço
Com o medo
Semeado
Nos teus seios
Adormeço
Embainhado no sentir
Não sentido
A paixão
O fumo do meu cigarro
Envenenado
Pelo inferno
Olhar
Da madrugada
E tu
E tu envergonhada
Porque deixei de existir
Amar
E partir
Recordar as coisas belas que a noite construiu no teu corpo
Desenhou
E esculpiu
Não o sei
Meu amor
Não o sei…
Se te mereço.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 7 de Maio de 2015