Não sinto o teu corpo
Nestas gélidas noites de Primavera,
Percebo que há nas tuas palavras uma equação de insónia,
Um círculo de dor
Voando na manhã quadriculada,
Um quadrado dormindo na calçada,
Sempre em mim o rio,
Sempre de ti o sorriso da infortuna,
As tuas fotografias alicerçadas a uma incógnita sombra de cola,
Os cheiros de Angola,
É Primavera,
Voando na manhã…
Cúbica,
E silenciada pela poesia,
Como se fosse o teu corpo em despedida…
Como se fosse o teu corpo em partida.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 20 de Junho de 2015