foto de: A&M ART and Photos
do silêncio habitado que consome o teu cansado perfume
a alga minha suspensa no amanhecer teu
do silêncio amargurado que constrói moinhos de vento
eu oiço os teus argamassados gemidos
tristes
tristes tão tristes que a chuva acorrenta o sonho aos teus braços
do silêncio
o teu nosso silêncio...
o mar que engole os rochedos da paixão
e...
e de nada serve gritar pelo amor das árvores e das palavras
nuas
as tuas
as tuas mãos poisadas em mim
que não pertenço aos teus cabelos de mel
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 27 de Março de 2014