O silêncio apertado nos lábios da saudade.
O beijo suspenso na solidão nocturna do cansaço,
Há flores no meu jardim, envelhecidas,
Outras, cansadas,
Tristes rosas nas lágrimas da noite.
O pesadelo da infinita madrugada,
Quando traz a liberdade prometida,
Vaiada…
Garrida.
O texto que se escreve na penumbra,
Quando as palavras adormecem,
E, choram de alegria.
Regressa a morte,
Leva-o a passear,
Inventa amanheceres,
Como quando o poeta,
Derrama palavras emagrecidas,
A fome de viver,
A fome de caminhar junto ao rio,
E aquele silêncio,
Apertado,
Mergulha nos lábios da saudade.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
14/01/2020