Nas cinzas do meu corpo
Habitam as palavras do fogo sombrio do sofrimento,
A dor semeia-se na terra cansada da minha mão,
Quando o luar adormece, quando uma flecha sangrenta se espeta no meu coração,
Domingo à noite,
Música fúnebre para me alimentar,
Palavras que voam em direcção ao mar…
E te levam, e te levam para o Oceano da tristeza,
E fica a beleza,
Os livros sobre a mesa…
Escrevo-te,
Imploro-te…
Que fiques, aqui, comigo…
À lareira.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 22 de Outubro de 2017