Porque hoje é sábado, não vou resistir às tuas palavras doces.
Porque hoje é sábado,
Não vou tirar fotografias, nunca mais.
Porque hoje é sábado, vou queimar todos os meus livros,
No quintal,
E saciar a minha sede com o fumo das palavras tuas…
Porque hoje é sábado,
Vou mergulhar as minhas mãos no xisto junto ao rio.
Porque hoje é sábado, vou festejar, vou partir de viagem até ao infinito…
Mar.
Porque hoje é sábado, vou alimentar-me de pedacinhos de papel,
Pequenos nadas,
Pequenos silêncios que só os teus lábios sabem construir…
Porque hoje,
É sábado,
Vou desenhar o beijo na tua solidão.
Só hoje.
Porque hoje é sábado.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
20/04/2019