A locomotiva da paixão
entre curvas e montanhas agrestes
há um apito na minha mão
um som esquisito e confuso
nas despenteadas tuas ventes
o fuso
sangrento do destino
quando galga o muro em xisto
o meu querido menino…
desisto
assisto…
impávido ao descer da madrugada
existo
pensando ser este o meu desatino
nas vozes á desgarrada
sem tino
o meu corpo ensanguentado
nas planícies do amor solidificado
meu olhar desapontado
do casebre abandonado.
Francisco Luís Fontinha
sábado, 29 de Outubro de 2016