Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

30
Mai 15

Este sítio está morto

E mortas se sentem as minhas palavras

Este sítio deserto

Amargo

Incerto

Está morto

Cansado

Este sítio está morto

Este sítio é um rochedo de insónia

Estampado no rosto do amanhecer

Este livro

Este sítio

 

Mortos

Mortas

Incertas

Certas

Certas noites me ignora

Certas noites

Não muitas

Chora…

 

Este sítio em constante sofrer

Quando o corpo range como os gonzos da madrugada

Não há sorrisos

Não há gestos

Certos

Incertos

Sítios

Mortos

Vivos

Homens

Esqueletos

De vidro

 

E se partem

E se partem

Todos os sítios mortos

Não mortos

E vivos…

 

Vivos

Mortos-vivos

 

E sítios… sítios amargurados.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sábado, 30 de Maio de 2015

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:32

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