Tenho medo de perder-te
Na esquina de uma rua
Tenho medo
Do mar quando se revolta
E o teu sorriso suspenso nas ondas
Junto ao cais que me viu partir
Ontem
Eu criança enrolado nas mãos do vento
Procurava o teu corpo que brincava na água
E hoje não
Hoje não água
Hoje apenas o silêncio prisioneiro da maré
À minha espera no pôr-do-sol
À espera de uma criança
Enrolado nas mãos do vento
Com medo de perder-te…
Com medo de acordar
E nos teus olhos as lágrimas
Que aos teus lábios transporta
A revolta do mar.
FLRF
24 de Abril de 2011